Lélia reinterpretou a História do Brasil sobre a ótica da mulher negra e, por tudo isso, pesquisadores, estudiosos, militantes e amigos têm feito um esforço para visibilizar e registrar sua vida e obra. Na militância, é considerada uma das memórias do movimento negro e de mulheres do Brasil.
No âmbito acadêmico contribuiu, significativamente, para os estudos de raça e gênero. Na década de 1970, fazia parte de uma intelectualidade que propunha uma releitura da escravidão no Brasil. Com isso, novas perspectivas de análise surgiram para os estudos das relações raciais.
Parte de seu pensamento está disponível no site Memorial Lélia Gonzalez, criado no ano de 2003, por sua amiga Ana Maria Felippe, a qual, atualmente, é uma das maiores compiladoras e divulgadoras de seu legado.
Seu acervo pessoal está sob a responsabilidade do Pai Jair D’Ogum no Ilê Oxum Apará. Segundo ele: “Era o desejo dela que sua obra fosse conhecida e disponibilizada para o público”. Nele, encontra-se boa parte da história do movimento negro brasileiro, a partir da década de 1970.