
Cantora e ativista política
Uma das mais talentosas e célebres cantoras da história brasileira e mundial, Elza Gomes da Conceição, conhecida como Elza Soares, deixou um legado musical e pessoal que transcendeu fronteiras. Embora seus documentos registrem 23 de junho de 1930 como sua data de nascimento, a própria Elza acreditava que nasceu em 1933 ou 1937, pois seu registro pode ter sido antecipado para possibilitar um casamento forçado, quando ela tinha apenas 12 anos.
Elza nasceu em Moça Bonita, região hoje conhecida como Vila Vintém, na favela de Padre Miguel, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Posteriormente, mudou-se para o bairro de Água Santa, na Zona Norte, onde passou grande parte de sua vida antes de alcançar o estrelato. Segundo Elza, Água Santa era uma “favelinha de operários”, desprovida de água encanada e saneamento básico. Na infância, era uma menina alegre, atlética e com gosto por brincar com meninos, jogando bola e soltando pipa, desafiando os estereótipos de gênero da época, que associavam esportes à masculinidade e bonecas à feminilidade.
Juliana Cintia Videira, em sua dissertação Elza Soares na escola: gênero e relações étnico-raciais na música popular brasileira e no ensino de história, cita José Louzeiro, autor da biografia Elza Soares: cantando para não enlouquecer, que descreve a jovem Elza como uma criança que não se conformava aos padrões de feminilidade do século XX. A vizinhança a via como “um autêntico pivetinho”, termo frequentemente usado para estigmatizar crianças pobres das periferias. Esse olhar refletia os valores sociais da época, que consideravam comportamentos comuns na infância problemáticos quando associados a meninas.
Apesar das adversidades, Elza construiu uma carreira extraordinária. Em 1999, foi reconhecida pela BBC de Londres como “Cantora do Milênio”. Seu álbum A Mulher do Fim do Mundo (2015) foi amplamente aclamado, sendo listado entre os melhores lançamentos de 2016 por veículos como a revista New Internationalist e o The New York Times. A obra também lhe rendeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira. Em 2017, o álbum Elza Canta e Chora Lupi recebeu o prêmio de Melhor Álbum na Canção Popular no 28º Prêmio da Música Brasileira.
Sua vida e obra foram celebradas em produções como o documentário My Name Is Now, de Elisabete Martins Campos, que recebeu o prêmio Netflix em 2014.
Um episódio mudou dramaticamente a vida de Elza em sua juventude: ela foi obrigada a se casar com um homem de 22 anos quando a jovem tinha apenas 12. Segundo exposto por Juliana, com base na biografia feita por Louzeiro: “Em Água Santa, Elza levava o almoço para o pai quase todos os dias. Um dia, indo em direção à pedreira, Elza avistou um louva-a-deus na folha de um pé de jurubeba e correu para salvar-lhe da poeira que ali formava a cada explosão. O inseto acabou voando e Elza foi atrás dele; no entanto, atrás dela também se dirigiu Alaordes, o operário branco, de 22 anos, filho de italianos. Segundo Louzeiro e segundo a própria Elza em entrevista ao Roda Viva, os dois, Elza e Alaordes, atracaram-se e rolaram ribanceira abaixo na pedreira, brigando, porque Alaordes havia esmagado o louva-a-deus com as mãos. Os dois pararam de brigar apenas quando o pai de Elza chegou ao local e gritou com ela, a mandando voltar para casa. Mais que depressa, supondo que a filha tivesse sido estuprada por Alaordes, obrigou os dois a se casar, para assim reparar o ‘mal ali cometido’”.
Podemos refletir sobre como o casamento forçado de Elza Soares tem raízes profundas no racismo e na misoginia estruturais do Brasil. Após esse casamento, Alaordes foi integrado à família de Avelino e Rosária como genro, adicionando mais uma pessoa à já numerosa família da cantora. Nesse contexto, fica evidente a exploração desigual do trabalho doméstico e familiar. Alaordes fazia apenas bicos ocasionais na pedreira onde trabalhava ao lado do sogro, destinando grande parte de seu salário ao consumo de álcool e apostas em jogos de cartas.
Como aponta Juliana Cintia Videira em sua dissertação de mestrado, todos os integrantes da família trabalhavam, mas a sobrecarga recaía de forma acentuada sobre Rosária. Esse desequilíbrio se agravou em momentos críticos, como quando Avelino e Alaordes adoeceram, intensificando ainda mais as responsabilidades de Rosária. Mais tarde, já no início da carreira de Elza como cantora, Rosária redobrou seus esforços, assumindo o cuidado dos filhos da filha, com apoio da irmã de Elza, para que ela pudesse se dedicar à música.
Apesar do apoio incondicional da mãe, Elza enfrentava o preconceito tanto da vizinhança quanto de parte da própria família. Muitos viam com desconfiança seu trabalho noturno como cantora, impregnados pela misoginia racista da época, que associava mulheres negras que saíam de casa à noite à prostituição. Nesse cenário, o suporte de Rosária foi essencial para que Elza pudesse romper barreiras sociais e construir uma das carreiras mais icônicas da música brasileira.
A atividade musical de Elza Soares teve início em 1953. Ela fez o seu primeiro teste na Rádio Tupi, no programa Calouros em desfile, apresentado por Ary Barroso. Segundo a reportagem Conheça a biografia resumida da cantora do milênio: Elza Soares, do blog Chico Rei, Elza resolveu participar do programa aos 13 anos para pagar os remédios de seu filho. Citamos a matéria: “Elza conta em entrevistas que a plateia riu dela e Ary criticou suas vestimentas perguntando de qual planeta ela tinha saído. Elza respondeu: ‘Do mesmo planeta que você, seu Ary. Do Planeta Fome!’. Depois de chocar a todos com essa resposta, Elza soltou a voz surpreendendo ainda mais todos presentes. Ela cantou a música ‘Lama’, de Paulo Marques e Alice Chaves. No meio da canção, Ary a abraçou e disse que ali nascia uma estrela! Elza conta que finalizou a canção abraçada no apresentador”.
Segundo exposto por Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil em Dicionário Mulheres do Brasil: “Trabalhando como operária numa fábrica de sabão, por volta dos 20 anos, fez seu primeiro teste como cantora na academia do professor Joaquim Naegli, sendo contratada como crooner pela Orquestra Garam de Bailes. Numa das ocasiões em que se apresentaria com a Orquestra em Pilares, a direção do Clube tentou impedir que ela cantasse, por conta da aparência, era uma mulher negra. Sem saber da proibição Elza subiu ao palco e, para espanto de alguns, a plateia levantou-se fascinada para dançar.
Grávida de seu segundo filho, Elza Soares deixou a orquestra em 1954. Pouco após, em 1955, foi liberada por seu médico para fazer um show no Clube da Imprensa. Nesta época, foi convidada para assistir à peça Jou-jou-Fru-fru, de Silva Filho, no Teatro João Caetano. Foi aí que Mercedes Batista conheceu Elza Soares e a convidou para participar do elenco de bailarinas. Em pouco tempo Elza já contracenava com Grande Otelo em peça de grande sucesso de público. Ato contínuo, Elza fez sua primeira viagem internacional, a Argentina, em 1958, deixando seus filhos aos cuidados de sua mãe e de suas irmãs. A partir daí, a carreira de Elza se expandiu no Brasil e no mundo, levando sua voz a diversos palcos.
Na Copa do Mundo no Chile, realizada em 1962, Elza acompanhou a seleção de futebol como artista representando o Brasil no evento de abertura, quando teve a oportunidade de cantar ao lado de Louis Armstrong. O cantor norte-americano, representante dos EUA, impressionado com o desempenho artístico de Elza propôs que ela fizesse carreira na América do Norte. Inclusive, sobre este episódio, Zeca Camargo expõe na obra Elza que, após receber muitos aplausos por uma de suas apresentações, ela recebeu um recado “de um tal de Louis Armstrong”. Elza revelou que não conhecia Louis Armstrong pois naquela época ouvia-se muito mais música brasileira do que estrangeira, sendo conhecidos apenas poucos artistas do exterior. Apesar de ter achado estranho e não ter querido ir ao encontro, avisaram a Elza que Louis Armstrong era um dos cantores mais famosos do mundo, então a artista decidiu aceitar o convite. Assim descreveu o encontro para Zeca Camargo: “A primeira coisa que aquela figura me fez lembrar foi do Monsueto, um sambista muito famoso na época, que eu já conhecia bem. Mas o tal do Louis Armstrong era ainda mais alto. E aí ele começou a falar e eu achei que ele estava me imitando! […] Fiquei zangada mesmo e até disse baixinho: ‘Olha, o negão tá me imitando.’ Eu pensava assim: a gente não pode criar nada que alguém já vem fazer igual… Eu fazia isso desde pequena, com uma lata d’água na cabeça, e esse aí vem aqui, me copia e vai levar meu segredo para os Estados Unidos”.
Para Zeca Camargo, Elza contou que foi um episódio engraçado, especialmente pela barreira linguística. O tradutor dizia a Elza que Armstrong fazia elogios ininterruptamente, enquanto tudo o que Elza conseguia entender era Armstrong dizendo “yeeeeah” com seu vozeirão, além da palavra que parecia ser “doutor” sendo direcionada a ela. Na verdade, Armstrong estaria dizendo “daughter”, que significa “filha” em inglês, cuja pronúncia de fato lembra “doutor” em português. Elza relembrou que todos riam e diziam para que ela chamasse Armstrong de “father”, que significa “pai”, mas a pronúncia de Elza fez com que a palavra soasse como “foder” em português – e isso provocou uma gargalhada geral.
Elza conta que não estava se sentindo bem e que ficou nervosa para sair daquele ambiente especialmente depois da proposta para cantar nos palcos americanos. Ela queria crescer na carreira, mas não planejava sair do Brasil, e à época já estava interessada por Garrincha. “Mané já balançava o meu coração”, dizia ela. Foi justamente nessa época que Elza Soares havia conhecido Garrincha, com quem futuramente se casou.
Quando Elza conheceu Garrincha, o jogador de futebol era casado e tinha 7 filhas. Com isso, os jornais da época começaram a acompanhar o possível casal através de publicações negativas. Comentários maldosos e difamatórios, do tipo “esta mulher está acabando com a família brasileira”, “destruidora de lares” se espalharam, tanto pela imprensa, como nas ruas e nos shows. A despeito destes ataques, Elza seguiu seu romance com o futebolista, apaixonada. Zeca relembra que Elza Soares havia se tornado viúva de seu primeiro casamento – uma relação que ela chegou a chamar de “festival de bofetões”, uma vez que Alaordes passou a lhe causar medo e desconforto, pelas brutalidades praticadas, inclusive na cama. Terminado este relacionamento abusivo, Elza voltou a pensar em amor apenas anos depois. Desta forma, ela conta que namorou muito entre a viuvez e sua primeira relação verdadeiramente amorosa, com o músico Milton Banana. Sobre sua trajetória amorosa antes de conhecer Garrincha, ela relata: “Mas eu não queria saber de me apaixonar por ninguém. Aliás, eu nem sabia direito o que era isso. A experiência que tive com Alaordes me bloqueou. Eu pensava que, se eu me apaixonasse, eu teria de casar e aí eu teria mais filhos… desse jeito eu não sairia de casa nunca – e adeus carreira de cantora! […] A morte do meu marido me deixou livre para cantar”.
Durante seu relacionamento com Mané Garrincha, Elza se tornou uma figura nacional tanto pela música quanto pela presença quase constante nos programas de TV, no final dos anos sessenta. Sobre este momento, Rafael do Nascimento Cesar, Carolina Branco de Castro Ferreira e Vitor Queiroz em Elza Soares: dos alfinetes à carne negra descrevem a sinergia entre a carreira de Elza e seu status de celebridade em função também de seu casamento: “O casamento com Garrincha, atleta de primeira grandeza em uma época de consagração internacional do futebol brasileiro, conferia-lhe ainda mais notoriedade, sendo, inclusive, superexposto pelas revistas de fofoca da época. Isso fica evidente na abertura da entrevista d’O Pasquim, onde ela e o marido são descritos como ‘a síntese mais alta de dois mitos que lhe são particularmente caros: o futebol e o samba, em suas manifestações mais puras e brasileiras’. Notoriedade certamente não isenta de estereótipos racializados, uma vez que ambas as atividades – jogar futebol e cantar samba – figuravam no discurso dominante como ‘naturalmente’ apropriadas a pessoas negras em virtude de supostas disposições corporais inatas (vide o tal ‘micróbio do samba’ no sangue), não obstante a presença marcante do preconceito racial nessas ocupações”.
Elza Soares enfrentou perseguição durante a ditadura militar no Brasil, sendo associada à esquerda por ter gravado o jingle da campanha de João Goulart à vice-presidência em 1960. Essa ligação política a tornou alvo do regime após o golpe de 1964, que depôs Goulart.
Em 1970, seis anos após o golpe, Elza foi vítima de um episódio de violência extrema: sua casa, localizada no Rio de Janeiro, foi metralhada. Esse ataque, que colocava sua vida e segurança em risco, forçou Elza a deixar o país. Acompanhada por Garrincha, com quem vivia na época, a cantora exilou-se na Itália, onde buscou refúgio e tentou reconstruir sua vida longe das ameaças que sofria no Brasil.
Esse período da vida de Elza Soares reflete não apenas as dificuldades enfrentadas por artistas e personalidades associadas à oposição ao regime, mas também a força e resiliência que marcaram sua trajetória, tanto pessoal quanto profissional.
As agressões foram tantas, inclusive tiveram a casa apedrejada quando viviam na zona sul do Rio, obrigando-os a se mudar: “Nós fomos expulsos do Brasil. Nós não fomos pra Itália, a gente foi obrigado a ir pra Itália! A minha casa foi metralhada. Quando cheguei em Roma, no dia seguinte já sabia que não tinha mais casa, que meus filhos estavam na rua. Lá tive um grande amigo da minha vida que foi Chico Buarque. Chico foi o maior amigo, ele e Marieta”.
A relação entre Elza e Garrincha iniciou de forma romântica, mas acabou em tragédia. Segundo Elizabeth Tavares Viana e Luanna Tomaz de Souza em MY NAME IS NOW: Elza Soares e a teorização na carne sobre o enfrentamento às violências contra mulheres, Mané se tornou alcoólatra e começou a agredir Elza Soares fisicamente após sua aposentadoria dos campos. Um ano após a separação, o ex-jogador de futebol faleceu de cirrose, em 1983. A artista endereça violência doméstica na interpretação da música Maria da Vila Matilde, composta por Douglas Germano, que faz parte do premiado disco A Mulher do Fim do Mundo. E pensar que, conforme nos lembrou Zeca Camargo, o romance havia sido descrito, com ares de poesia, no livro Minha vida com Mané, publicado em 1969. Citamos também um trecho da obra de Zeca Camargo, apresentando uma fala de Elza sobre o início da relação: ”De um momento para outro, senti que o amor existia de verdade, forte, arrebatante. Um verdadeiro mar. Imenso. Ficava horas ouvindo determinadas músicas que sabia que Mané gostava. E tudo era como aquela música de Dolores Duran na base ‘do só vou, se você for”.
Em relação a sua carreira, relembramos a reportagem Elza Soares: a voz do fim do mundo. A matéria destaca que o disco A Mulher do Fim do Mundo foi o primeiro composto apenas por canções inéditas. Na matéria, Elza conta um pouco sobre este momento: “Eu topei sem ter certeza da grandiosidade desse trabalho. Foram 50 canções compostas especialmente para mim. É um disco muito abençoado. Estou feliz, estou nas nuvens – diz a cantora.” A artista se abriu e compartilhou que a gravação do disco foi rápida, durando 2 dias, e que isso a ajudou a vivenciar o luto: “Esse disco veio me fazer um acalanto, porque eu estava caída por causa do meu filho. Foi uma maneira de gritar, botar para fora os sentimentos”. Gilson Soares, 59 anos, filho de Elza, havia falecido no fim de julho de 2015.
Reflexo de toda a sua contribuição cultural, a reportagem Acervo do Memória Musical traz Elza Soares noticia que a artista foi homenageada pela Rádio Nacional pela passagem de 1 ano de seu falecimento. Pouco antes de seu falecimento, Elza foi celebrada pelo jornal O Popular através da matéria Elza Soares, a dama do samba, completa 90 anos nesta terça em carreira marcada por lutas e glórias. A matéria afirma que Elza dialoga com os principais problemas do País, em tom apocalíptico, no seu disco Planeta Fome, de 2019. O Popular também descreve que Deus É Mulher, de 2018, fala sobre empoderamento feminino, liberdade sexual e religiões africanas. A reportagem relembra também do início de sua carreira, quando emplacou diversos sucessos como Se Acaso Você Chegasse, Boato, Cadeira Vazia, Só Danço Samba, Mulata Assanhada e Aquarela Brasileira.
Ainda em vida, Elza recebeu muitas homenagens. Destacamos que, em 2012, foi enredo da Escola de Samba Cabuçu e, em 2020, foi a vez da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel prestar-lhe um tributo com o samba enredo “Elza Deusa Soares”. Em 2019, recebeu o título de doutora Honoris causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que exaltou “a trajetória marcada pela luta contra o racismo, o machismo e a homofobia. A defesa dessas causas se materializou na história da cantora e nas letras que ganharam vida na inconfundível voz da carioca”.
Elza Soares faleceu aos 91 anos, no dia 20 de janeiro de 2022, no mesmo dia da morte de Garrinha, há exatamente 39 anos atrás. Após sua morte, ainda percebemos como seu legado afeta o mundo. A exemplo, citamos a reportagem Hotel de luxo em que Elza Soares e Garrincha foram barrados por racismo em SP vira moradia popular e ganha mural da cantora, revelando que a Frente de Luta Por Moradia ocupou, em 2010, o prédio do antigo Lord Palace, hotel luxuoso inaugurado em 1958. No endereço era localizado o hotel que tradicionalmente recebia artistas e celebridades, até que foi perdendo os hóspedes e a fama nos anos 2000. A justiça determinou a reintegração de posse, mas extensas negociações com a Prefeitura de São Paulo deram resultado: o prédio foi destinado para habitações populares. Hoje, o lugar se chama Residencial Elza Soares e possui um mural representando a cantora com chaves na mão, ao lado da frase “nenhuma mulher sem casa”. Um grande desfecho e uma merecida reviravolta, considerando que Elza e Garrincha sofreram racismo neste mesmo hotel, ao serem barrados.
Em homenagem ao falecimento de Elza Soares, a página da rádio Nova Brasil FM publicou a matéria 1 ano sem Elza Soares: 50 sucessos para matar a saudade, celebrando a vida da artista descrita como “a Deusa, a Cantora do Milênio, a Mulher do Fim do Mundo”. Artista incansável, Elza superou o Covid graças às vacinas e gravou a abertura do filme Me Tira da Mira em 14 de dezembro de 2021. Segundo a matéria Cleo revela que Elza Soares deixou música gravada para seu filme, ela regravou a música Preciso me Encontrar, de Cartola, para a trilha sonora do primeiro longa-metragem de Cleo Pires enquanto produtora e atriz. Além das inúmeras manifestações s recebidas no Brasil, a instituição BeyGOOD, da cantora e empreendedora Beyoncé, prestou homenagem ao falecimento de Elza Soares aos 91 anos. No site e nas redes sociais da organização, o tributo disse: “Descanse em paz, Elza Soares. Sua música entreteve e inspirou muitos no Brasil e ao redor do mundo. Somos muito gratos.”
Palavras-Chave/TAG: #mulheres #música #ativismo #racismo #igualdade #literatura #feminismo
Elaboração: Ana Laura Becker, Emilson Gomes Junior e Schuma Schumaher.
REFERÊNCIAS
- Produções acadêmicas:
CAMARGO, Zeca. Elza. Editora Leya: São Paulo, 2018. Disponível em: Livros Gratuitos Já. Acesso em 18 abr 2023.
CESAR, Rafael do Nascimento; FERREIRA, Carolina Branco de Castro; QUEIROZ, Vitor. Elza Soares: dos alfinetes à carne negra. RECS – Revista Educação e Ciências Sociais: Salvador, 2020. Disponível em: Academia.edu. Acesso em 18 abr 2013.
LOUZEIRO, . Elza Soares: cantando para não enlouquecer. Planeta do Brasil: São Paulo, 1997. Disponível em: Livro: Elza Soares – Cantando para Não Enlouquecer – José Louzeiro | Estante Virtual. Acesso em 18 jun 2023.
PRASS, Luciana; ALCÂNTARA, Celina; PETRUCCI, Lígia. Indicação ao título de Doutor Honoris Causa para ELZA SOARES pela UFRGS. DDC/PROREXT/UFRGS – a Departamento de Difusão Cultural e IA/UFRGS – Instituto de Artes: Porto Alegre, 2019. Disponível em: Lume. Acesso em 18 abr 2023.
SCHUMAHER, Schuma; VITAL BRAZIL, Érico. Dicionário Mulheres do Brasil, de 1500 até a atualidade: biográfico e ilustrado. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
SOARES, Elza. Minha vida com Mané. Editora Saga: Rio de Janeiro, 1969. Disponível em: Catálogo das Artes. Acesso em 18 abr 2023.
VIANA, Elizabeth Tavares. SOUZA, Luanna Tomaz de. MY NAME IS NOW: Elza soares e a teorização na carne sobre o enfrentamento às violências contra mulheres. Revista Científica do UniRios: Paulo Afonso, 2021. Disponível em: Revista Científica UniRios. Acesso em 18 abr 2023.
VIDEIRA, Juliana Cintia. Elza Soares na escola: gênero e relações étnico-raciais na música popular brasileira e no ensino de História. UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas: Campinas, 2018. Disponível em: eduCAPES. Acesso em 18 abr 2023.
- Sites:
Chico Rei Blog. Conheça a briografia resumida da cantora do milênio: Elza Soares. Juiz de Fora, 11 de outubro de 2021. Disponível em: Chico Rei Blog. Acesso em 18 abr 2023.
Click RBS. Elza Soares: a voz do fim do mundo. Música: Porto Alegre, 22 de outubro de 2015. Disponível em: Click RBS. Acesso em 18 abr 2023.
FÉLIX, Bruno. Elza Soares, a dama do samba, completa 90 anos nesta terça em carreira marcada por lutas e glórias. O Popular: Rio de Janeiro, 22 de junho de 2020. Disponível em: O Popular. Acesso em 18 abr 2023.
HONÓRIO, Gustavo. Hotel de luxo em que Elza Soares e Garrincha foram barrados por racismo em SP vira moradia popular e ganha mural da cantora. G1: São Paulo, 16 de abril de 2023. Disponível em: G1.Acesso em: 18 abr 2023.
LOPES, Leo. Depois de esquecer Elza Soares, Grammy homenageia Erasmo Carlos e Gal Costa. CNN Brasil: São Paulo, 06 de fevereiro de 2023. Disponível em: CNN Brasil. Acesso em 18 abr 2023.
Memória Musical. Acervo do Memória Musical traz Elza Soares. Rádios EBC: Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2023. Disponível em: Rádios EBC. Acesso em 18 abr 2023.
Nova Brasil FM. 1 ano sem Elza Soares: 50 sucessos para matar a saudade. Brasilidade: Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2023. Disponível em: Nova Brasil FM. Acesso em 18 abr 2023.
R7. Cleo revela que Elza Soares deixou música gravada para seu filme. Entretenimento, Música: 21 de janeiro de 2022. Disponível em: R7. Acesso em 18 abr 2023.
Rolling Stone Brasil. Instituição de Beyoncé homenageia Elza Soares: ‘Somos muito gratos’. Redação: 21 de janeiro de 2022. Disponível em: Rolling Stone Brasil. Acesso em: 18 abr 2023.